Começo essa matéria dizendo que esta postagem vai pra uma colega minha que, apesar de ter apenas 17 anos, ou seja, não presenciou o auge do Guns N' Roses dos anos 90, e que hoje prefere ser fã do Slash...
Quem será que realmente era o câncer da banda?
Então analisando esta pergunta que me faço a anos, e depois de ouvir o "Chinese Democracy", após esperar 15 anos, e de estar presente naquele dia de chuva torrencial no Rio, esperando por 12 horas o Guns N' Roses subir no palco com atraso...enfim...
Quem será que realmente era o câncer da banda?
Então analisando esta pergunta que me faço a anos, e depois de ouvir o "Chinese Democracy", após esperar 15 anos, e de estar presente naquele dia de chuva torrencial no Rio, esperando por 12 horas o Guns N' Roses subir no palco com atraso...enfim...
![]() |
Axl Rose como guarda de transito no Rock in Rio 2011 |
Axl e sua versão mal-ajambrada de Guns N’Roses encerraram a edição do Rock In Rio 2011, com uma apresentação patética e digna de pena.
Depois dos bons shows do Evanescence e do System of a Down, o público esperou pacientemente e sob um pé d’água a boa-vontade de um ex-vocalista à frente de uma trupe de miquinhos treinados para imitar, ainda que sem alma, os clássicos de uma grande banda de um passado que começa a se distanciar.
Num cover malfeito de si mesmo, repleto de lugares-comuns e referências distorcidas ao passado da banda, o Guns de Axl misturou as insípidas músicas de seu último álbum, Chinese Democracy, aos sons que serviram de trilha sonora a toda uma geração de roqueiros.
“Nossa, mas eles imitaram direitinho”, muitos disseram . Só que rock não é imitação. E rock é tudo o que não foi a apresentação do Guns de Axl. E aqui cabe um verso de Renato Russo: “Parece energia, mas é só distorção…”
As três guitarras não estavam ali por uma necessidade musical para as novas músicas do Guns. As três guitarras estavam ali porque os três micos de circo juntos não conseguem reproduzir o entrosamento entre música e alma que Slash tinha primeiro com Izzy Stradlin, e depois com Gilby Clarke. Um reproduz a guitarra principal, o outro imita a base, o terceiro tentou dar a liga, sem sucesso, solos são quebrados.
O Guns de Axl é um apanhado de imitadores remunerados para reproduzir sons. E só. Não houve brilho. Não hoouve alma... “Puxa, mas os timbres foram iguaizinhos”, repararam alguns. Sim, foram iguaizinhos, e isto se deve ao refinado ouvido de Axl, que provavelmente passou meses ajustando potenciômetros até que seus miquinhos conseguissem imitar melhor os ex-integrantes da banda.
Aquilo que se viu no encerramento do Rock In Rio foi um grito desesperado de um artista decadente, vítima da própria vaidade e de sua prepotência.
Num rompante autodestrutivo e masoquista, Axl Rose dilapida uma obra brilhante da qual fez parte como se implorasse a Slash, Izzy, Duff McKagan e demais ex-membros que o ajudem a sair dessa enrascada, que o ajudem a deter a queda e quem sabe um dia dar nova luz a essa história. Mas todos eles estão em outra onda – e muito bem, obrigado.
Já Axl, em sua tentativa desenfreada de conquista de território dentro da banda, queimou todas as pontes e hoje jaz solitário em uma ilha de ilusões, na companhia apenas de seus obedientes e bizarros micos de circo.
O New-Metal Rock Blogger, descolou alguns vídeos no YouTube da apresentação da banda de Axl. Fique com um que mostra a introdução e as músicas “Chinese Democracy” e “Welcome to the Jungle”. Depois, veja o que fizeram com “Sweet Child o’ Mine” e “Paradise City”.